Sócrates
foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia
Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, é até hoje uma
figura enigmática, conhecida principalmente através dos relatos em obras de
escritores que viveram mais tarde, especialmente dois de seus alunos, Platão e
Xenofonte, bem como as peças teatrais de seu contemporâneo Aristófanes. Muitos
defendem que os diálogos de Platão seriam o relato mais abrangente de Sócrates
a ter perdurado da Antiguidade aos dias de hoje.
Nascido em 469 a.C. nas planícies do monte Licabeto, próximo
a Atenas, Sócrates vinha de família humilde. Era filho de Sophroniscus, -
motivo pelo qual ele era chamado em sua juventude de Sokrates ios Sōfronískos
(Sócrates, o filho de Sophroniscus) - um escultor, especialista em entalhar
colunas nos templos, e Phaenarete, uma parteira (ambos eram parentes de
Aristides, o Justo).
Durante sua infância, ajudou seu pai no ofício de escultor.
Porém, muitas vezes seus amigos o zombavam, pela sua incapacidade de trabalhar
o mármore. Mesmo quando aparecia uma oportunidade de ajudar o seu pai, sempre
acabava atrapalhando tudo. Seu destino foi apontado, pelo próprio Oráculo de
Delfos, como um grande educador.[carece de fontes] Mas foi somente junto com a
sua mãe que ele pôde descobrir sua verdadeira vocação.
Sócrates foi casado com Xântipe, que era bem mais jovem que
ele, e teve um filho, Lamprocles. Há relatos de que o casal possivelmente teve
mais dois filhos, Sophroniscus e Menexenus;[carece de fontes]. Porém, segundo
Aristóteles, citado por Diógenes Laércio, Sophroniscus e Menexenus eram filhos
da segunda esposa de Sócrates, Myrto, filha de Aristides, o Justo. Sátiro e
Jerônimo de Rodes, também citados por Diógenes Laércio, dizem que, pela falta
de homens em Atenas, foi permitido a um ateniense casado ter filhos com outra
mulher, e que Sócrates teria tido Xântipe e Myrto ao mesmo tempo.
Seu amigo Críton criticou-o por ter abandonado seus filhos
quando ele se recusou a tentar escapar antes de sua execução. Este fato mostra
que ele (assim como seus outros discípulos), parece não ter entendido a
mensagem que Sócrates tenta passar sobre a morte (diálogo Fédon), antes de ser
executado.
Sócrates costumava caminhar descalço e não tinha o hábito de
tomar banho. Em certas ocasiões, parava o que quer que estivesse fazendo,
ficando imóvel por horas, meditando sobre algum problema. Certa vez o fez
descalço sobre a neve, segundo os escritos de Platão, o que demonstra o caráter
lendário da figura Socrática.
Conta-se que um dia Sócrates foi levado junto à sua mãe para
ajudar em um parto complicado. Vendo sua mãe realizar o trabalho, Sócrates logo
“filosofou”: Minha mãe não irá criar o bebê, apenas ajudar-lo-á a nascer e
tentará diminuir a dor do parto. Ao mesmo tempo, se ela não tirar o bebê, logo
ele irá morrer, e igualmente a mãe morrerá!
Sócrates concluiu então que, de certa forma, ele também era
um parteiro. O conhecimento está dentro das pessoas (que são capazes de
aprender por si mesmas). Porém, eu posso ajudar no nascimento deste
conhecimento. Concluiu ele. Por isso, até hoje os ensinamentos de Sócrates são
conhecidos por maiêutica (que significa parteira em grego).
Assim, logo sua vocação falou mais alto e ele partiu para
aprender filosofia, onde foi discípulo dos filósofos Anaxágoras e Arquelau. Seu
talento logo chamou a atenção. Tanto que foi chamado pela Pítia (sacerdotisa do
templo de Apolo, em Delfos, Antiga Grécia) de o mais sábio de todos os homens!.
Não se sabe ao certo qual o trabalho de Sócrates, se é que
ele teve outro além da Filosofia. De acordo com algumas fontes, Sócrates
aprendeu a profissão de oleiro com seu pai. Na obra de Xenofonte, Sócrates
aparece declarando que se dedicava àquilo que ele considerava a arte ou
ocupação mais importante: maiêutica, o parto das idéias. A maiêutica socrática
funcionava a partir de dois momentos essenciais: um primeiro em que Sócrates
levava os seus interlocutores a pôr em causa as suas próprias concepções e
teorias acerca de algum assunto; e um segundo momento em que conduzia os
interlocutores a uma nova perspectiva acerca do tema em abordagem. Daí que a
maiêutica consistisse num autêntico parto de ideias, pois, mediante o
questionamento dos seus interlocutores, Sócrates levava-os a colocar em causa
os seus "preconceitos" acerca de determinado assunto, conduzindo-os a
novas ideias acerca do tema em discussão, reconhecendo assim a sua ignorância e
gerando novas ideias, mais próximas da verdade.
Sócrates defendia que deve-se sempre dar mais ênfase à
procura do que se não sabe, do que transmitir o que se julga saber,
privilegiando a investigação permanente.
Sócrates tinha o hábito de debater e dialogar com as pessoas
de sua cidade. Ao contrário de seus predecessores, ele não fundou uma escola,
preferindo também realizar seu trabalho em locais públicos (principalmente nas
praças públicas e ginásios), agindo de forma descontraída e descompromissada,
dialogando com todas as pessoas, o que fascinava jovens, mulheres e políticos
de sua época.
Platão afirma que Sócrates não recebia pagamento por suas aulas.
Sua pobreza era prova de que não era um sofista.
Várias fontes, inclusive os diálogos de Platão, mencionam
que Sócrates tinha servido ao exército em várias batalhas. Na Apologia,
Sócrates compara seu período no serviço militar a seus problemas no tribunal, e
diz que qualquer pessoa no júri que imagine que ele deveria se retirar da
filosofia deveria também imaginar que os soldados devessem bater em retirada
quando era provável que pudessem morrer em uma batalha. Estrabão conta que,
após uma derrota ateniense em que Sócrates e Xenofonte haviam perdido seus
cavalos, Sócrates encontrou Xenofonte caído no chão, e carregou-o por vários
estádios, até que a batalha terminou.
O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais
da obra de Platão (Apologia e Críton). Sócrates admitiu que poderia ter evitado
sua condenação a morte, bebendo o veneno chamado cicuta, se tivesse desistido
da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua
morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos.
Platão considerou que Sócrates foi condenado por questões
evidentemente políticas. Por seu lado, Xenofonte atribuiu a acusação a Sócrates
a um fato de ordem pessoal, pelo desejo de vingança. O propósito não era a
morte de Sócrates mas sim afastá-lo de Atenas e se isso não ocorreu deveu-se à
teimosia de Sócrates.
"Eu predigo-vos portanto, a vós juízes, que me fazeis
morrer, que tereis de sofrer, logo após a minha morte, um castigo muito mais
penoso, por Zeus, que aquele que me infligis matando-me. Acabais de condenar-me
na esperança de ficardes livres de dar contas da vossas vida; ora é exactamente
o contrário que vos acontecerá, asseguro-vos (...) Pois se vós pensardes que
matando as pessoas, impedireis que vos reprovem por viverem mal, estais em
erro. Esta forma de se desembaraçarem daqueles que criticam não é nem muito
eficaz nem muito honrosa." Sócrates
ado a ele a chance de se defender destas acusações, Sócrates
mostra toda a sua capacidade de pensamento.
Em sua defesa, ele mostra que as acusações eram
contraditórias, questionando: Como posso não acreditar nos deuses e ao mesmo
tempo me unir a eles?.
Mesmo assim, o tribunal, constituído por 501 cidadãos, o
condenou. Mas não a morte, pois sabiam que se o condenassem à morte, milhares
de jovens iriam se revoltar. Condenaram-no a se exilar para sempre, ou a lhe
ser cortada a língua, impossibilitando-o assim de ensinar aos demais. Caso se
negasse, ele seria morto.
Após receber sua sentença, Sócrates proferiu: - Vocês me
deixam a escolha entre duas coisas: uma que eu sei ser horrível, que é viver
sem poder passar meus conhecimentos a diante. A outra, que eu não conheço, que
é a morte ... escolho pois o desconhecido!
"“Mas eis a hora de partir: eu para morte, vós para a
vida. Quem de nós segue o melhor rumo ninguém o sabe, excepto os deuses”."
Sócrates
Ao se dirigir aos atenienses que o julgaram, Sócrates disse
que lhes era grato e que os amava, mas que obedeceria antes aos deuses do que a
eles, pois enquanto tivesse um sopro de vida, poderiam estar seguros de que não
deixaria de filosofar, tendo como sua única preocupação andar pelas ruas, a fim
de persuadir seus concidadãos, moços e velhos, a não se preocupar nem com o
corpo nem com a fortuna, tão apaixonadamente quanto a alma, a fim de torná-la
tão boa quanto possível.
Sócrates então deixou o tribunal e foi para a prisão. Como
existia uma lei que exigia que nenhuma execução acontecesse durante a viagem
votativa de um navio sagrado a Delos, Sócrates ficou a ferros por 30 dias,
sobre custódia de onze magistrados encarregados, em Atenas, da polícia e da
administração penitenciária. Durante estes 30 dias, ele recebeu os seus amigos
e conversou com eles. Declarando não querer absolutamente desobedecer às leis
da pátria, Sócrates recusava a ajuda dos amigos para fugir. E passou o tempo
preparando-se para o passo extremo em palestras espirituais com os amigos.
Chegado o momento da execução, pouco antes de beber o
veneno, Sócrates, de forma irônica e sarcástica (como de costume), proferiu
suas últimas palavras:
- "Críton, somos devedores de um galo a Asclépio; pois
bem, pagai a minha dívida. Pensai nisso!".
Após essas palavras, Sócrates bebeu a cicuta (Conium
maculatum) e, diante dos amigos, aos 70 anos, morreu por envenenamento.
Platão, no seu livro Fédon, assim narrou a morte de seu
mestre:
Depois de assim falar, levou a taça aos lábios e com toda a
naturalidade, sem vacilar um nada, bebeu até à última gota.
Até esse momento, quase todos tínhamos conseguido reter as
lágrimas; porém quando o vimos beber, e que havia bebido tudo, ninguém mais
aguentou. Eu também não me contive: chorei à lágrima viva. Cobrindo a cabeça,
lastimei o meu infortúnio; sim, não era por desgraça que eu chorava, mas a
minha própria sorte, por ver de que espécie de amigo me veria privado. Critão
levantou-se antes de mim, por não poder reter as lágrimas. Apolodoro, que desde
o começo não havia parado de chorar, pôs se a urrar, comovendo seu pranto e
lamentações até o íntimo todos os presentes, com exceção do próprio Sócrates.
- Que é isso, gente incompreensível? Perguntou. Mandei sair
as mulheres, para evitar esses exageros. Sempre soube que só se deve morrer com
palavras de bom agouro. Acalmai-vos! Sede homens!
Ouvindo-o falar dessa maneira, sentimo-nos envergonhados e
paramos de chorar. E ele, sem deixar de andar, ao sentir as pernas pesadas,
deitou-se de costas, como recomendara o homem do veneno. Este, a intervalos,
apalpava-lhe os pés e as pernas. Depois, apertando com mais força os pés,
perguntou se sentia alguma coisa. Respondeu que não. De seguida, sem deixar de
comprimir-lhe a perna, do artelho para cima, mostrou-nos que começava a ficar
frio e a enrijecer. Apalpando-o mais uma vez, declarou-nos que no momento em
que aquilo chegasse ao coração, ele partiria. Já se lhe tinha esfriado quase
todo o baixo-ventre, quando, descobrindo o rosto – pois o havia tapado antes –
disse, e foram suas últimas palavras:
- Critão (exclamou ele), devemos um galo a Asclépio. Não te
esqueças de saldar essa dívida!
"Assim farei!", respondeu Critão. Vê se queres
dizer mais alguma coisa. A essa pergunta, já não respondeu. Decorrido mais
algum tempo, deu um estremeção. O homem o descobriu; tinha o olhar parado.
Percebendo isso, Critão fechou-lhe os olhos e a boca.
Tal foi o fim do nosso amigo, Equécrates, do homem, podemos
afirmá-lo, que entre todos os que nos foi dado conhecer, era o melhor e também
o mais sábio e mais justo."
No Fédon, Sócrates dá razões de crêr na imortalidade. Quando
Sócrates foi condenado à morte, comentou alegremente que no outro mundo poderia
fazer perguntas eternamente sem ser condenado a morrer, porque era imortal.
Sócrates provocou uma ruptura sem precedentes na história da
Filosofia grega, por isso ela passou a considerar os filósofos entre
pré-socráticos e pós-socráticos. Enquanto os filósofos pré-Socráticos, chamados
de naturalistas, procuravam responder a questões do tipo: "O que é a
natureza ou o fundamento último das coisas?" Sócrates, por sua vez,
procurava responder à questão: "O que é a natureza ou a realidade última
do homem?"
Os sofistas, grupo de filósofos (título negado por Platão)
originários de várias cidades, viajavam pelas pólis, onde discursavam em
público e ensinavam suas artes, como a retórica, em troca de pagamento.
Sócrates se assemelhava exteriormente a eles, exceto no pensamento. Platão
afirma que Sócrates não recebia pagamento por suas aulas. Sua pobreza era prova
de que não era um sofista. Para os sofistas tudo deveria ser avaliado segundo
os interesses do homem e da forma como este vê a realidade social
(subjetividade), segundo a máxima de Protágoras :"O homem é a medida de
todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são,
enquanto não são.". Isso significa que, segundo essa corrente de
pensamento, as regras morais, as posições políticas e os relacionamentos
sociais deveriam ser guiados conforme a conveniência individual. Para este fim
qualquer pessoa poderia se valer de um discurso convincente, mesmo que falso ou
sem conteúdo. Os sofistas usavam, de fato, complicados jogos de palavras, no
discurso para demonstrar a verdade daquilo que se pretendia alcançar. Este tipo
de argumento ganhou o nome de sofisma.
Em resumo, a sofística destruia os fundamentos de todo
conhecimento, já que tudo seria relativo (relativismo) e os valores seriam
subjetivos, assim como impedia o estabelecimento de um conjunto de normas de
comportamento que garantissem os mesmos direitos para todos os cidadãos da
pólis. Tanto quanto os sofistas, Sócrates abandonou a preocupação em explicar e
se concentrou no problema do homem. No entanto, contrariamente aos sofistas,
Sócrates travou uma polêmica profunda com estes, pois procurava um fundamento
último para as interrogações humanas ("O que é o bem?" "O que é
a virtude? "O que é a justiça?); enquanto os sofistas situavam as suas
reflexões a partir dos dados empíricos, o sensório imediato, sem se preocupar
com a investigação de uma essência da virtude, da justiça do bem etc., a partir
da qual a própria realidade empírica pudesse ser avaliada.
Sócrates contribuiu para que as pessoas se apercebessem da
descoberta da evidência que é a manifestação do mestre interior à alma.
Conhecer-se a si mesmo seria conhecer Deus em si.
Aquilo que colocou Sócrates em destaque foi o seu método, e
não tanto as suas doutrinas. Sócrates baseava-se na argumentação, insistindo
que só se descobre a verdade pelo uso da razão. O seu legado reside sobretudo
na sua convicção inabalável de que mesmo as questões mais abstratas admitem uma
análise racional.
As crenças de Sócrates, em comparação às de Platão, são
difíceis de discernir. Há poucas diferenças entre as duas ideias filosóficas.
Consequentemente, diferenciar as crenças filosóficas de Sócrates, Platão e
Xenofonte é uma tarefa difícil e deve-se sempre lembrar que o que é atribuído a
Sócrates pode refletir o pensamento dos outros autores.
Se algo pode ser dito sobre as ideias de Sócrates, é que ele
foi moralmente, intelectualmente e filosoficamente diferente de seus
contemporâneos atenienses. Quando estava sendo julgado por heresia e por
corromper a juventude, usou seu método de elenchos para demonstrar as crenças
errôneas de seus julgadores. Sócrates acredita na imortalidade da alma e que
teria recebido, em um certo momento de sua vida, uma missão especial do deus
Apolo Apologia, a defesa do logos apolíneo "conhece-te a ti mesmo".
Sócrates também duvidava da ideia sofista de que a arete
(virtude) podia ser ensinada para as pessoas. Acreditava que a excelência moral
é uma questão de inspiração e não de parentesco, pois pais moralmente perfeitos
não tinham filhos semelhantes a eles. Isso talvez tenha sido a causa de não ter
se importado muito com o futuro de seus próprios filhos. Sócrates
frequentemente diz que suas ideias não são próprias, mas de seus mestres, entre
eles Pródico e Anaxágoras de Clazômenas .
Sócrates dizia que sua sabedoria era limitada à sua própria
ignorância. Segundo ele, a verdade, escondida em cada um de nós, só é visível
aos olhos da razão. (daí a célebre frase "Só sei que nada sei"!). Ele
acreditava que os erros são consequência da ignorância humana. Nunca proclamou
ser sábio. A intenção de Sócrates era levar as pessoas a conhecerem seus
desconhecimentos ("Conhece-te a ti mesmo".). Através da
problematização de conceitos conhecidos, daquilo que se conhece, percebe-se os
dogmas e preconceitos existentes.
O estudo da virtude se inicia com Sócrates, para quem a
virtude é o fim da atividade humana e se identifica com o bem que convém à
natureza humana.
Sócrates acreditava que o melhor modo para as pessoas viverem
era se concentrando no próprio desenvolvimento ao invés de buscar a riqueza
material. Convidava outros a se concentrarem na amizade e em um sentido de
comunidade, pois acreditava que esse era o melhor modo de se crescer como uma
população. Suas ações são provas disso: ao fim de sua vida, aceitou sua
sentença de morte quando todos acreditavam que fugiria de Atenas, pois
acreditava que não podia fugir de sua comunidade. Acreditava que os seres
humanos possuíam certas virtudes, tanto filosóficas quanto intelectuais. Dizia
que a virtude era a mais importante de todas as coisas.
“Os paradoxos socráticos” são posições éticas defendidas por
Sócrates que vão contra (para) a opinião (doxa) comum. Os principais paradoxos
são:
"A virtude é um conhecimento";
"Ninguém faz o mal voluntariamente";
"As virtudes constituem uma unidade";
"É preferível sofrer injustiça do que cometê-la"
(Górgias 469 b-c) ou "jamais se deve responder à injustiça pela injustiça,
nem fazer mal a outrem, nem mesmo àquele que nos fez mal" (Críton 49 c-d).
Sócrates afirmava que “Ninguém faz o mal voluntariamente,
mas por ignorância, pois a sabedoria e a virtude são inseparáveis.”